“[…]
Meu Deusinho do Céu… Ela chorava baixinho. Como se sua dor começasse no coração e terminasse na alma. Gemia muito — como se algo partisse seu coração. Como se ela estivesse ciente de que fosse uma ilusão humana, meu Deus do Céu… Meu Deus do Céu, meu Deus do Céu… Como se fosse feita de pura ilusão… Como se todos nós fossemos partir nesse momento e vocês fossem com a gente… E essa sensação estúpida de déjà vu a nos tomar as emoções a ponto de nos fazer sentirmo-nos presos às paredes mas levados a tombar pelas sensações de termos feito coisas em outras vidas que ecoassem justamente nesse momento. Rosas — Graciosas, de Vidro, de vício, de dor, de sangue — vivas: a sangrar pelos corredores. Corredores onde correm as dores. Dessa e de outras vidas… Deus… Deeeuuusss…”
Sérgio Gelassen, Diga-me a verdade: você é quem eu estou pensando que seja você?